Pesquisa divulgada em 2023 pela Credit Suisse indica que 80 milhões de toneladas por ano é a quantidade de resíduos plásticos que não têm destino adequado. O número é um alerta que faz crescer a preocupação de empresas de diversos ramos e consumidores com os impactos que o uso do plástico convencional já causam ao meio ambiente e o que fazer para substituí-lo com a mesma eficiência, mas sem gerar ainda mais consequências negativas ao planeta.
Uma das opções em ascensão em vários setores da indústria, varejo e no agronegócio, é o uso do plástico biodegradável, que pode ter a produção triplicada até 2027 e chegar a 6,3 milhões de toneladas, segundo a organização European Bioplastics. Mas ainda há muita desinformação sobre o que torna o material ambientalmente sustentável. Ybellise Azocar, Head of Science da Bioelements – referência em soluções inovadoras e sustentáveis para o mercado de embalagens –, explica que para ser considerado biodegradável, o plástico precisa alimentar os micro-organismos no processo de biodegradação.
“Esse é o principal critério. Na Bioelements, por exemplo, oferecemos formulações de plástico não convencional, um bioplástico, bio-based, não tóxico, que se degrada em diversas condições ambientais e ecossistemas, da compostagem até os biomas marinhos, onde o produto se biodegrada sem causar danos aos organismos vivos”, explica.
No mercado existem ainda os plásticos oxibiodegradáveis, outro tipo de plástico não convencional, mas que não pode ser chamado de biodegradável. “Eles apenas se transformam mais rápido em pedaços minúsculos que ‘desaparecem’ da nossa visão. Esses resíduos, chamados de microplásticos, continuam causando danos, afetam os seres vivos, são tóxicos e se acumulam nos organismos”, conta a especialista.
Outro fator que deve ser observado pelos investidores e consumidores, segundo Ybellise, é que para ser considerado biodegradável, um produto precisa de certificações. “No Brasil, a Bioelements tem parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que desenvolve novas pesquisas e também testa os produtos que são comercializados no país. Também é certificada por instituições em todos os países que atua, no Chile, México, Peru; além da certificação da Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, que garante a segurança dos produtos para contato com alimentos”, ressalta.
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