A indústria de bioplásticos tem experimentado um salto significativo impulsionado por uma combinação de fatores, como a conscientização dos consumidores sobre questões ambientais e a implementação de regulamentações mais rigorosas relacionadas aos plásticos convencionais. Com boas perspectivas para o futuro, um estudo divulgado pela Mordor Intelligence, empresa de consultoria e pesquisa de mercados, aponta que o segmento está projetado para registrar uma taxa de crescimento anual composta de mais de 16% entre os períodos de 2022 a 2027.
Ainda de acordo com o levantamento, o potencial dos bioplásticos em reduzir a dependência de recursos fósseis e mitigar as mudanças climáticas geradas pelas emissões de gases de efeito estufa são os principais motivadores para o crescimento desta indústria. Dentro do setor, os biodegradáveis são responsáveis por mais de 64% da capacidade global da fabricação de bioplásticos, o equivalente a 1,5 milhão de toneladas.
“É muito comum surgirem dúvidas acerca da diferença entre os termos. Os plásticos biodegradáveis são uma subcategoria dos bioplásticos, projetados para se decompor entre três a vinte meses, quando expostos a diferentes condições, como solo, água e compostagem. Sua formulação pode ser de origem natural, a partir da celulose e o amido, ou sintética e biobaseada, como o poliácido lático (PLA) e o polibutileno adipato-co-tereftalato (PBAT)”, explica Ignacio Parada, CEO da Bioelements, empresa dedicada à produção de alternativas biodegradáveis ao plástico convencional que não produzem microplásticos ou toxicidade por metais pesados ao meio ambiente.
A utilização do material tem sido empregada majoritariamente no mercado de embalagens, visto que, progressivamente, as empresas têm se voltado para a implementação de práticas sustentáveis em suas operações, o que inclui a substituição de plástico de uso único convencional para opções que se decompõem mais rapidamente.
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