O Brasil recicla apenas 4% do seu lixo, e cerca de 31,9% dos municípios ainda utilizam lixões como destino final, conforme estudo da ABREMA. Esse cenário reflete a falta de infraestrutura e fiscalização na gestão de resíduos sólidos. No entanto, novas políticas públicas e atualizações legislativas, como a ampliação da logística reversa e o rastreamento de resíduos, apontam para avanços até 2025.
Nos últimos anos, o Brasil tem avançado nas leis sobre gestão de resíduos, com destaque para a evolução do sistema de rastreamento de resíduos. Estados como Espírito Santo e Brasília implementaram suas plataformas, e a tendência é que, em 2025, a fiscalização e monitoramento se intensifiquem, assegurando o cumprimento das metas de reciclagem.
Além disso, a CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários tem exigido mais transparência das empresas, obrigando-as a apresentar relatórios detalhados sobre suas práticas ambientais, como a gestão de resíduos. Isso visa reduzir o greenwashing e melhorar a responsabilidade empresarial.
Apesar das melhorias legislativas, muitos municípios ainda enfrentam dificuldades na aplicação das leis, especialmente os de menor porte. O Marco Legal do Saneamento Básico, que obriga os municípios a implementarem sistemas de gestão de resíduos, enfrenta obstáculos na sua implementação efetiva.
A tecnologia também se destaca como uma aliada na gestão de resíduos, com plataformas de rastreamento e novas tecnologias de monitoramento sendo essenciais para acelerar a transição para uma economia circular. Porém, o setor ainda carece de investimentos mais robustos para mudanças significativas.
O Brasil está em transição, com avanços importantes, mas enfrenta desafios na infraestrutura e na aplicação das leis. Se houver maior engajamento de todos — governo, empresas e sociedade — a sustentabilidade pode se tornar uma realidade mais próxima.