A Owens-Illinois (O-I), líder mundial na fabricação de embalagens de vidro, destinou recursos, via lei de incentivo, para o Instituto Ricardo Brennand, com o intuito de viabilizar exposição itinerante do pintor Frans Post, o primeiro paisagista europeu a trabalhar em terras da América e o primeiro pintor acadêmico a documentar em cores a paisagem brasileira.
O projeto contempla uma exposição imersiva em São Paulo, que acontece até 24 de setembro, no Farol Santander. Intitulada Frans Post: o primeiro olhar – Uma imersão na paisagem do Brasil holandês, a mostra conta com curadoria de Hugo Coelho Vieira, Nara Neves Pires Galvão e Leonardo Dantas Silva. A exposição engloba projeções das telas do artista e músicas que remetem às paisagens projetadas. Além da atração em São Paulo, está prevista a reorganização da exposição permanente do acervo no Instituto Ricardo Brennand, em Recife, a realização de oficina sobre vida e obra de Frans Post para alunos e professores de escolas públicas da Grande Recife, e a produção de catálogos e de um hotsite com a inclusão de todo o conteúdo produzido dentro do projeto.
A exposição reúne a maior coleção do mundo de quadros do Frans Post, pertencente ao acervo do Instituto Ricardo Brennand. Há também um exemplar físico e original do livro Barleus (1647), que conta a história do Brasil sob o governo de Maurício Nassau e contém diversas gravuras feitas por Frans Post. A mostra, apresentada pelo Ministério da Cultura e Farol Santander, propõe uma imersão na paisagem do Brasil holandês, a partir da obra de Frans Post.
O pintor, que chegou ao Brasil na comitiva de João Maurício de Nassau – Conde de Siegen, em 1637, viveu no país por sete anos e documentou cidades, vilas, povoações, costumes, fortes e a vida da sociedade açucareira, para ilustrar o relatório de atividades de Nassau em terras das Américas, escrito por Caspar van Baerle e publicado em 1647.
Quem visitar a exposição também poderá conferir vídeos com depoimentos sobre as obras, proporcionando uma experiência enriquecedora. A obra Miniatura do navio Zutphen, executada em madeira e com detalhes em tecido, também faz parte da mostra e pertence à coleção do Instituto Ricardo Brennand, após doação feita pela Coleção Santander Brasil.
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