No Dia Mundial da Reciclagem, que acontece em 17 de maio, destacamos cada vez mais ações empresariais voltadas para a economia circular. Um exemplo inspirador é a parceria entre a Coca-Cola FEMSA Brasil e a Tera Ambiental, transformando os efluentes da produção de bebidas em fertilizantes orgânicos compostos.
Esse compromisso com a sustentabilidade reflete uma tendência significativa na sociedade. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), um terço dos consumidores brasileiros alterou seus hábitos de consumo devido à preocupação ambiental, sendo que 41% dessas mudanças são permanentes.
Há uma crescente demanda por transparência nas práticas empresariais relacionadas à preservação ambiental, gestão de recursos e reciclagem. Esse interesse coletivo está impactando gradualmente todos os setores, inclusive a indústria de bebidas, levando as empresas a revisarem seus processos e adotarem indicadores de sustentabilidade e governança ambiental, social e corporativa (ESG).
Essa mobilização é crucial considerando os grandes volumes de resíduos gerados pela produção industrial. Em 2020, por exemplo, o setor industrial brasileiro produziu 1,86 bilhão de quilos de resíduos não perigosos, incluindo orgânicos, de acordo com o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos.
Destaca-se, portanto, a importância da reciclagem de efluentes e compostagem de resíduos orgânicos industriais, transformando-os em fertilizantes para agricultura e projetos paisagísticos. Empresas como a Coca-Cola FEMSA Brasil em Jundiaí estão liderando esse movimento, adotando práticas sustentáveis para o tratamento responsável de materiais.
Por exemplo, em 2023, a Tera Ambiental tratou 2.620 metros cúbicos de efluentes da Coca-Cola FEMSA, produzindo 177 toneladas de lodo e 48 toneladas de resíduos orgânicos, que foram transformados em 86 toneladas de adubo de alta qualidade.
Essa parceria exemplifica o poder da colaboração empresarial na busca por soluções sustentáveis, reduzindo o impacto ambiental e promovendo a economia circular e o desenvolvimento sustentável. Como destacou Lívia Baldo, diretora comercial da Tera Ambiental, "Ao transformar os efluentes em fertilizantes, reduzimos o impacto ambiental e contribuímos para a economia circular e o desenvolvimento sustentável”.
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