A reciclagem de latas de alumínio alcançou um marco histórico no Brasil em 2022, atingindo a marca de 100%, conforme resultados divulgados pela Recicla Latas, em parceria com a Abal (Associação Brasileira do Alumínio) e a Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio), com números divulgados hoje (30). Esse índice é calculado dividindo o volume de sucata de latas de alumínio coletadas pelo volume de latas comercializadas pelos fabricantes.
No ano passado, aproximadamente 31,85 bilhões de unidades de latas de alumínio foram recolhidas, totalizando cerca de 390,2 mil toneladas de sucata. A conquista do índice de 100% reflete uma evolução do país no setor, bem como uma atenção maior ao impacto ambiental que a produção de lixo possui.
O ciclo de vida das latinhas de alumínio para bebidas é de 60 dias. Ao serem descartadas, são coletadas e levadas para reciclagem, onde é feita fusão e laminação das chapas que se transformarão em novas latas para serem entregues aos pontos de vendas. O tipo de embalagem conquistou a preferência do cliente na última década, até atingir o patamar de 30 bilhões, desde que começaram a ser produzidas no país, em 1989.
Esse processo todo também gera renda e empregos para catadores - muitos que têm a reciclagem como única fonte de renda. Atualmente, o Brasil conta com 36 centros de coleta mantidos pelo setor, atendendo 100% do território nacional. Os locais garantem a destinação adequada de toda sucata para a reciclagem. Mais de 800 mil catadores de materiais recicláveis são beneficiados com o programa de logística reversa de latas de alumínio e gerando renda de mais de R$ 5 bilhões por ano.
Em 2020, a assinatura de um acordo entre o Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) ampliou a coleta e permitiu um aumento nos números de reciclagem de latas.
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