O ano que vem será desafiador para a indústria de alimentos, sobretudo por conta da alta de preços, que tem levado os consumidores a realizarem suas compras de maneira diferente. Muitos buscam substituir marcas, outros reduzem as quantidades e há ainda aqueles que optam por comprar em atacado.
“Por conta destes novos comportamentos, a indústria precisa continuar investindo fortemente em inovação para ser capaz atender às necessidades e expectativas do público final”, afirma Ulisses Cason, vice-presidente da Sealed Air para a América Latina.
Embora o consumo de alimentos e bebidas tenha apresentado ligeira recuperação no segundo quadrimestre do ano passado em relação a 2021 (números indicados por um estudo realizado pela KantarWorld Panel Division, no estudo Consumer Insights 2022), o brasileiro está comprando menos unidades cada vez que vai ao supermercado. “Isso demonstra que é preciso oferecer produtos porcionados, com preços proporcionais e voltados para o consumo rápido, ou seja, com o mínimo de desperdício possível”, avalia o executivo da Sealed Air.
A empresa mapeou cinco tendências para o consumo de alimentos. Vale a pena conferir.
1 – Compras de alimentos por diversos canais
A transformação da jornada de compra e comportamento de consumo no Brasil já é realidade, mas no setor de alimentos ela se aproxima de mansinho, abrindo oportunidades para os players que souberem se posicionar na vanguarda.
2 –Maior procura por hamburguer e demais embutidos
De acordo com a pesquisa da Kantar, há maior variação de gasto na cesta de perecíveis, o que faz com que o frango abra espaço para outras proteínas, como embutidos e hamburguer. A classe C, nas faixas etárias dos 25 aos 34 anos e dos 45 aos 54, vem inclusive consumindo estes produtos no almoço.
3 – Compras fragmentadas e carrinhos de compra menores
Com as famílias menores, as pessoas passam a experimentar novos alimentos, de maneira que a conta caiba no bolso.
4 – Mais personalização e menos nichos
Outra tendência mapeada pelo especialista da Sealed Air é encontrar caminhos para atender os consumidores de forma mais ampla, em vez de mirar os chamados ‘nichos de mercado’. 5 – Preocupação com sustentabilidade
A busca pelo zero desperdício” de plástico é outra tendência apontada pelo especialista. Diante da evolução nas exigências de consumo e, também do avanço das políticas de ESG na indústria, a automação deve ser uma aliada dos processadores para se alcançar operações mais sustentáveis e que entreguem produtos com qualidade elevada e mais adequados aos novos padrões de consumo.
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